25 de abril de 2024

Empresas cidadãs: Inspiração e exemplos para transformar seu negócio

Nos últimos anos, temas como responsabilidade social das empresas e o seu papel na construção de uma sociedade justa e sustentável ganham mais espaço. Para que elas mostrem esse compromisso, é preciso que adotem práticas e políticas que beneficiem não apenas os acionistas, como também os seus colaboradores, clientes, parceiros, comunidades e o meio ambiente.


É nesse contexto que surge o termo empresa cidadã, que consiste em uma organização que não se limita a cumprir suas obrigações legais, mas que busca ativamente contribuir para o bem-estar da sociedade em que está inserida. Isso pode ser feito de diversas maneiras, a exemplo de programas de voluntariado corporativo, investimentos em projetos sociais, adoção de práticas sustentáveis e éticas, entre outras.


De acordo com o Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC) da Comunitas, as empresas brasileiras estão aumentando o investimento social. Em 2022, elas destinaram 0,8% do seu lucro bruto para esse fim, somando mais de R$ 4 bilhões. O valor ultrapassa o que foi investido no ano anterior, uma vez que a média por organização era de 0,69% do seu lucro bruto.


Esse indicador mostra como as empresas estão dando mais atenção à agenda social. Entre as razões, está o fato das ações de responsabilidade social impactarem de forma positiva a sua imagem. Os consumidores acreditam que as organizações têm a responsabilidade de contribuírem para a solução de problemas sociais e ambientais e não apenas gerar lucro para os acionistas.


Isso evidencia uma mudança de paradigma no mundo dos negócios, onde o foco exclusivo no lucro é substituído, aos poucos, por uma abordagem mais ampla, que considera o impacto das empresas na sociedade como um todo. E a boa notícia é que a empresa cidadã pode ser colocada em prática a partir de inúmeras iniciativas, desde políticas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho até programas de reciclagem e redução do consumo de recursos naturais.


Um exemplo inspirador é a empresa Patagônia, conhecida por sua forte atuação em questões ambientais. Além de produzir roupas sustentáveis, destina parte dos seus lucros para apoiar organizações que atuam na preservação do meio ambiente.


Outra organização que merece destaque é a Microsoft, que tem investido pesado em práticas de inclusão digital e educação. Através de diferentes programas e parcerias, a marca oferece acesso gratuito à tecnologia e à capacitação digital para comunidades carentes ao redor do mundo, ajudando a reduzir a lacuna digital e promover a igualdade de oportunidades.


Ser uma empresa cidadã vai muito além de uma estratégia de marketing. Trata-se de assumir um compromisso genuíno com o bem-estar da sociedade e do planeta, agindo de forma coerente com esse compromisso em todas as áreas de atuação da empresa.


Adotar uma postura de empresa cidadã não se traduz apenas em benefícios para o consumidor, mas também gera recompensas valiosas para o negócio. Empresas que assumem esse compromisso demonstram responsabilidade social e ambiental, o que gera maior engajamento dos colaboradores, fidelização dos clientes e fortalece a reputação da marca. Se você ainda não está familiarizado com o conceito de empresa cidadã, este é o momento ideal para se aprofundar e analisar como o seu negócio pode contribuir para um futuro mais sustentável e positivo.





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No entanto, a era digital revolucionou este fenômeno, oferecendo plataformas que amplificam vozes individuais muito além do tradicional. A origem da influência digital pode ser rastreada até os primeiros anos das mídias sociais. Com a ascensão do MySpace em 2003 e do Facebook em 2004, as pessoas começaram a se conectar online de maneiras sem precedentes. Instagram, lançado em 2010, e YouTube em 2005, forneceram espaços ideais para a criação e disseminação de conteúdo visual e audiovisual. Esses desenvolvimentos tecnológicos estabeleceram um novo meio de comunicação mais pessoal, interativo e acessível do que a mídia tradicional. Conforme o uso das redes sociais crescia, surgiram indivíduos que, devido ao seu carisma, especialização e autenticidade, ganharam grandes números de seguidores. Esses pioneiros começaram a perceber que sua opinião e recomendações tinham um peso significativo, tanto que poderiam moldar comportamentos e influenciar decisões de compra. Comunidades inteiras, anteriormente alcançadas apenas por meios tradicionais de publicidade, agora se conectam de forma direta e pessoal por meio dos influenciadores. Essas personalidades, muitas vezes, partilham de interesses em comum com seus seguidores, criando uma confiança quase orgânica. As empresas, por sua vez, perceberam rapidamente o valor desse tipo de engajamento e passaram a investir em parcerias com influenciadores. Contudo, a relevância dos influenciadores no sucesso das marcas vai além do simples aumento de vendas. A influência externa, quando bem realizada, ajuda a construir uma imagem de marca sólida. Internamente, ao promoverem valores e culturas corporativas alinhadas aos propósitos e interesses do seu público-alvo, esses influenciadores tornam-se cruciais para o fortalecimento da reputação empresarial. A ascensão dos influenciadores de nicho Com o aumento da saturação das redes sociais, emergiu a necessidade de conteúdos mais segmentados e autênticos. Não se tratava mais apenas de grandes figuras públicas com milhões de seguidores, mas sim de influenciadores que dominavam determinados nichos de mercado. Mas quem são eles? Os influenciadores de nicho são aqueles que possuem uma expertise específica em um determinado assunto e atraem uma audiência que compartilha desse mesmo interesse. Eles transcendem a barreira dos números, focando mais na qualidade do engajamento e na relevância do conteúdo. Alguns exemplos incluem: 1. Tecnologia e gadgets: influenciadores que fazem análises detalhadas de dispositivos tecnológicos, oferecendo insights valiosos para os entusiastas de tecnologia. 2. Saúde e bem-estar: profissionais da saúde que promovem dicas de exercícios, nutrição e bem-estar mental, atraindo seguidores interessados em viver uma vida saudável. 3. Moda e beleza: especialistas em moda, maquiagem e skincare que compartilham tutoriais, tendências e dicas de estilo. 4. Gastronomia: chefs amadores e profissionais que postam receitas, técnicas de culinária e resenhas de restaurantes. 5. Viagens: aventureiros que exploram destinos e culturas únicas, oferecendo dicas e guias detalhados para viajantes. A questão de como escolher o influenciador mais adequado também não deve ser subestimada. É vital que seja alguém cuja imagem e valores estejam em completa sintonia com a marca. Segundo um estudo da Nielsen, campanhas realizadas com influenciadores de nichos específicos, geralmente têm um desempenho 30% maior do que aquelas feitas com celebridades mainstream, principalmente em termos de taxa de conversão e engajamento. Isso ocorre porque os seguidores desses influenciadores confiam profundamente nas suas opiniões e estão altamente motivados pelo conteúdo que consomem. Além disso, as marcas estão cada vez mais conscientes de que a chave para uma parceria de sucesso é a congruência entre os valores do influenciador e os da própria marca. 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